Consumption / Consumo.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Pedagogas de Teresópolis lançam livro sobre Magistério

Postado em 21 dezembro 2015.


– Publicação também vai chegar ao público português em janeiro

Três pedagogas de Teresópolis, todas com mais de 25 anos de experiência em campo, acabam de lançar pela Editora Chiado o livro "Magistério – O que falta aprender". A publicação, que pretende mostrar aos leitores um conhecimento sobre conflitos e adversidades que surgem no universo da sala de aula, vai atingir também o público português. Isso porque o trabalho despertou o interesse e a atenção dos editores lusos, que se interessaram pela proposta e pelo conteúdo da publicação.

O livro é resultado do trabalho das professoras Martha Staub, Carla Neto e Marilene Ricciardi. As três são pedagogas e atuam na orientação pedagógica de escolas públicas do município. Todas são pós-graduadas em áreas como administração escolar, psicopedagogia, supervisão escolar; arte, educação e tecnologias contemporâneas. O projeto do livro surgiu através de um convite da Editora Saraiva, uma das maiores do país, que propunha o lançamento de uma edição eletrônica do trabalho. "Nós tivemos a oportunidade de receber um e-mail da editora com o convite para escrever um livro sobre educação", confirma a autora Martha Staub. "Como já éramos amigas e trabalhávamos juntas, unimos nossas experiências e ideia e montamos o livro", completa.


Do digital para o físico A obra começou a ser trabalhada em março de 2012 e foi concluída em outubro de 2014. "Em junho de 2014 participamos de um congresso de educação em Lisboa para falar sobre nosso tema 'Currículos'. Nós queríamos que nosso livro não ficasse apenas na plataforma digital, pela Saraiva, mas que também o tivéssemos impresso. A Marilene Ricciardi teve então a ideia de entrar em contato com a Editora Chiado, de Lisboa, com quem tivemos contato anterior. Mandamos o livro e em menos de um mês tivemos a resposta que a obra foi aprovada e seria editada", revela Martha. Para a mudança do digital para o livro físico, as autoras voltaram a debruçar sobre o material e trabalharam de maneira árdua durante todo o ano de 2015. Além do conteúdo informativo, cuidaram também de detalhes primordiais, como a capa da publicação, criada por elas e aprovada pela editora. "Esse trabalho ficou pronto em novembro desse ano e tivemos a oportunidade de apresentar o livro para Teresópolis. Enviamos para o Sesc Rio e ele foi aprovado como projeto cultural, o que possibilitou uma noite de lançamento e autógrafos realizada pelo Sesc", detalha.   Experiência em campo Segundo a autora Carla Neto, o livro surgiu da experiência de campo que as três professoras adquiriram ao longo de décadas de sala de aula. A proposta da publicação foi mostrar essa experiência e propor soluções em aplicações práticas. "Foi a partir dessa nossa experiência, conversando um pouco sobre o que a gente vê no cotidiano escolar, as dificuldades de colocar em prática o conhecimento teórico que se tem.", detalha "O livro traz essa proposta diferenciada de oferecer uma mensagem teórica, estudo e conhecimento científico dos temas que nós entendemos serem importantes nesse cotidiano. Ao mesmo tempo, nós trazemos um pouco da nossa trajetória, onde buscamos dividir com quem está iniciando esse caminho as situações, onde usamos de nossa experiência para dar conta disso no cotidiano", revela a autora. De acordo com Carla, a publicação é uma leitura interessante especialmente para alunos dos cursos de formação de professores, podendo ser utilizada como ferramenta de apresentação de experiências. Tanto a edição virtual como a impressa do livro podem ser adquiridas através da internet em todas as plataformas digitais. A publicação ainda não chegou às livrarias da cidade, mas pode ser encomendada pelo site da Editora Chiado. Alguns exemplares ainda podem ser encontrados com as próprias autoras. "O contrato que fizemos com a Chiado nos possibilita vender o livro em todo país através das livrarias mais populares ou mesmo conosco", detalha a autora Marilene Ricciardi, que disponibiliza seu e-mail para quem esteja interessado em comprar a publicação: marilenericciardi@oi.com.br.   Lançamento em Portugal Além de conquistar os leitores do país, a publicação vai também ser vendida em Portugal através da própria editora. O lançamento no país europeu está previsto para acontecer no dia 27 de janeiro de 2016. As professoras agora buscam apoio através de patrocínio para participar de outro congresso luso e paralelamente participar do lançamento do livro. O congresso acontece de 27 a 29 de janeiro. "Vamos falar novamente sobre nosso tema no congresso e participar do lançamento. Para isso precisamos de patrocínio para bancar as custas da viagem. É um valor muito alto e necessitamos de ajuda para realizar esse sonho de estar em Lisboa no lançamento do livro", completa... ( continua em http://netdiario.com.br/pedagogas-de-teresopolis-lancam-livro-sobre-magisterio/ )

André Oliveira é comunicador e fotógrafo. Tem 20 anos de experiência no setor de comunicações, com passagens por diversos segmentos como rádio, jornal, revista e TV. É repórter e apresentador do jornal O DIÁRIO e da DIÁRIO TV.

  • DOWNLOAD PARCIAL. LARCEN, César Gonçalves. Mais uma lacônica viagem no tempo e no espaço: explorando o ciberespaço e liquefazendo fronteiras entre o moderno e o pós-moderno atravessando o campo dos Estudos Culturais. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2011. 144 p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. AGUIAR, Vitor Hugo Berenhauser de. As regras do Truco Cego. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2012. 58 p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. LINCK, Ricardo Ramos. LORENZI, Fabiana. Clusterização: utilizando Inteligência Artificial para agrupar pessoas. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2013. 120p. il.
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  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Europa discute proposta que pode banir menores de 16 anos da internet

Por Leonardo Pereira - em 16/12/2015 às 07h49


O Parlamento Europeu deve começar a discutir nesta quinta-feira, 17, uma proposta de alteração nas regras de acesso à internet por adolescentes que praticamente baniria todos os menores de 16 anos da rede.

A proposta prevê que qualquer site ou serviço que processe dados seja impedido de permitir a entrada de pessoas com menos de 16 anos, e isso inclui praticamente todos os produtos cotidianos como redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube) e apps de mensagens (WhatsApp, Snapchat, Messenger).

Para contornar a proibição, os adolescentes precisariam da permissão explícita dos pais, segundo explica o The Guardian. Atualmente há um consenso entre empresas e entidades que atuam na rede de que a idade mínima para navegar sem supervisão é 13 anos, e até mesmo quem briga pela proteção de crianças e adolescentes na rede desconfia da eficácia da mudança proposta.

Especialistas citados pelo Guardian afirmam que tirar esses jovens da rede fará com que uma camada considerável de europeus cresça privada de educação e oportunidades sociais. É difícil prever, entretanto, se a ideia daria certo, porque mesmo os filtros atuais de idade não funcionam bem, já que basta informar dados falsos... ( continua em http://olhardigital.uol.com.br/noticia/europa-discute-proposta-que-pode-banir-menores-de-16-anos-da-internet/53749 )

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    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


A depressão na pós-graduação é um tabu, diz pesquisador da UFRN

Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo

16/12/201505h00


 O pesquisador Sérgio Arthuro leu um artigo na revista Nature e decidiu escrever um texto sobre depressão na pós-graduação. Em pouco tempo, a publicação ganhou repercussão nas redes sociais – até o último dia 10 já tinha quase 40 mil compartilhamentos no Facebook. E foi aí que ele percebeu a dimensão do problema. "Esse tema é um tabu!", disse em entrevista ao UOL.

Arthuro é médico, neurocientista e faz pós-doutorado no Instituto do Cérebro e no Laboratório do Sono do Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

"Apenas escrevi um texto baseado em um artigo, mas acredito que teve uma enorme repercussão porque muita gente passou por esse problema e, apesar disso, ninguém fala sobre o tema. Infelizmente aqui no Brasil não se estuda, pesquisa ou discute isso", disse. Arturo diz que não é especialista no tema e resolveu escrever, sem pretensão científica, inspirado nos anos de experiência no meio acadêmico.

De acordo com a pesquisa "Under a cloud: Depression is rife among graduate students and postdocs. Universities are working to get them the help they need", publicada na Revista Nature em 2012, os principais sinais de depressão são: inabilidade de assistir às aulas ou de fazer pesquisa, dificuldade de concentração, diminuição da motivação, aumento da irritabilidade, mudança no apetite, dificuldades de interação social e problemas no sono.

A pesquisa ainda aponta que não há números precisos sobre a quantidade de estudantes de pós-graduação com depressão, especialmente porque a maior parte não procura ajuda. Estudos indicam que as taxas de depressão dobraram entre estudantes da graduação nos Estados Unidos nos últimos 15 anos e a incidência de comportamento suicidas triplicou no período. Na Inglaterra, estudantes criaram a página Students Against Depression (Estudantes contra a Depressão), que reúne histórias de quem já passou pelo problema e dicas de como procurar tratamento.

"Acredito que os estudantes são atingidos, porque eles são o elo mais frágil da corrente. Se um orientador quiser parar de orientar um estudante, não vai acontecer nada com ele, que vai continuar ganhando o mesmo salário e tendo o emprego garantido. Já para o estudante, perder um mestrado ou um doutorado pode ser uma perda para o resto da vida profissional", diz.

O pesquisador afirma que o orientador tem um papel fundamental para ajudar ou piorar a situação dos pós-graduandos com problemas. "Acho que o orientador deveria deixar muito claro, no começo do trabalho (mestrado e doutorado), o que ele quer do estudante e o que ele pode dar para o estudante, e os dois têm que entrar em um acordo. O problema é que a relação é muito assimétrica".

Segundo Arthuro, são as três principais causas para a ocorrência de depressão na pós-graduação:

  1. O próprio nome "defesa" no caso do doutorado: "Tem coisa mais agressiva que isso? Defesa pressupõe ataque, é isso mesmo que queremos? Algumas pessoas vão dizer que os ataques são às ideias e não às pessoas. Acho que isso acontece apenas no mundo ideal, porque na prática o limite entre as ideias e as pessoas que tiveram as ideias é muito tênue. Mas pior é nos países de língua espanhola, pois lá a banca é chamada de 'tribunal'".
  2. Avaliações pouco frequentes: "Em vários casos, principalmente no começo do projeto, as avaliações são pouco frequentes, o que faz com que o desespero fique todo para o final. No meu caso, os últimos meses antes da 'defesa' foram os piores da minha vida, pois tive bastante insônia, vontade de desistir de tudo etc. Pior também foi ouvir das pessoas que poderiam me ajudar que aquilo era 'normal' e que 'fazia parte do processo'… Isso não aconteceu apenas comigo, mas com vários colegas de pós-graduação. Acho que para fazer ciência bem feita, como todo trabalho, tem que ser prazeroso, e acredito que avaliações mais frequentes podem evitar o estresse ao final do trabalho."
  3. Prazos pouco flexíveis: "Cada vez mais me é claro que a ciência não é linear, e previsões geralmente são equivocadas. Dessa forma, acredito que não deveria haver nem mestrado nem doutorado com prazo fixo. O pós-graduando deveria ter bolsa por 5 anos para desenvolver sua pesquisa, e a cada ano elaboraria um relatório sobre suas atividades e resultados. Uma comissão deveria julgar esse relatório para ver se o estudante merece ... ( continua em http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/12/16/a-depressao-na-pos-graduacao-e-um-tabu-diz-pesquisador-da-ufrn.htm )
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    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Grupo Anima Educação investe cerca de R$ 2 mi em arquitetura Wi-Fi para atender mais de 82 mil alunos

Fonte/Autoria.: Fatos&Ideias Comunicação

  Projeto conta com 760 pontos de acesso distribuídos em 18 campi nos Estados de São Paulo e Minas Gerais
 
Em franca expansão no mercado educacional, o Grupo Anima Educação, um dos maiores grupos mantenedores de universidades do país, precisou investir em uma infraestrutura de rede robusta capaz de oferecer acesso rápido, estável, gerenciado e seguro a seus estudantes e professores. Com investimento de mais de R$ 1,8 milhão, a opção do Grupo foi a abrangente arquitetura de rede Wi-Fi da Aerohive Networks, empresa líder em soluções de rede Wi-Fi móvel sem controladora e com gerenciamento na nuvem, com atuação destacada no setor de educação, globalmente. O projeto conta com 760 pontos de acesso distribuídos em 18 campi, beneficiando 82 mil alunos nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.
 
O Grupo Anima Educação, destaca-se como uma das instituições mais relevantes no mercado de ensino superior brasileiro com 82 mil alunos matriculados em 18 campi e 12 polos de ensino a distância. O grupo empresarial educacional é mantenedor das instituições de ensino superior Unimonte sediada em Santos (SP), Centros Universitários UNA e UniBH (MG), Universidade São Judas Tadeu (capital paulista) e a HSM – instituição de educação executiva. Atualmente, o Anima ocupa uma posição de liderança em quatro dos cinco maiores mercados de ensino superior do Brasil.
 
De acordo com Diego Arcanjo Lopes, Coordenador de Operações de Redes do Grupo Anima, o grande objetivo do projeto era encontrar uma infraestrutura de rede segura e de alta performance capaz de oferecer uma navegação veloz e de qualidade. "O complexo educacional contava anteriormente com uma solução de baixo desemprenho que gerava um grande número de reclamações. Com a nova estrutura, professores, funcionários e alunos têm acesso à rede Wi-Fi a partir de qualquer ponto das instalações do campus, o que permite que eles naveguem com extrema rapidez inclusive nos horários de pico. Registramos queda de 100% no número de reclamações por problemas no acesso", comemora.
 
Em função da grandiosidade do projeto, a implementação dos equipamentos vem sendo executada de forma gradativa. Até agora, já foram instalados 760 pontos de acesso distribuídos em 18 campi pertencentes à Unimonte (Santos - SP), Centros Universitários UNA (Grande Belo Horizonte e Contagem - MG), UniBH (Belo Horizonte - MG), Universidade São Judas Tadeu (São Paulo - SP) e HSM (São Paulo - SP), beneficiando 82 mil usuários. Para este projeto foi necessário contar com uma integradora especializada que tivesse a capacidade técnica de suportar uma rede de grande porte. Por isso, a implantação da nova rede Wi-Fi está sob a coordenação da Inovatecstp, empresa parceira da Aerohive responsável pela integração dos pontos de acesso AP 230, AP 121 e AP 330. A especificação do equipamento varia em função da demanda de cada campus.
 
De acordo com Fernando Lobo, Diretor de Vendas da Aerohive para América Latina, o uso de rede Wi-Fi já é considerado uma necessidade básica deste setor. "Estamos alinhados a esta nova realidade. Não há mais como imaginar a educação sem a utilização de recursos da internet, seja para pesquisa, nuvem, vídeos, entre outros. Por isso, nosso objetivo é auxiliar as instituições na oferta de uma excelente experiência acadêmica",... ( continua em http://www.segs.com.br/info-e-ti/70795-grupo-anima-educacao-investe-cerca-de-r-2-mi-em-arquitetura-wi-fi-para-atender-mais-de-82-mil-alunos.html )
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    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


Vale a pena estudar?




Há dias encontrei uma pessoa que me disse que a tese de doutoramento não lhe tinha trazido nada de muito novo na sua vida. Não tinha sido aumentada, não tinha tido uma proposta fabulosa de trabalho, não tinha mudado de vida. Por causa desta aparente falta de mudança, havia nela um tom de desilusão. Ao longo dos anos tenho encontrado várias pessoas que concluem o doutoramento e que, uma vez entregue e defendida a tese, aproveitam todas as oportunidades que a vida lhes dá para se queixarem do seu investimento. 


Sempre que me deparo com alguém que lamenta decisões sobre a nobre actividade de estudar (não é ler: é estudar), penso no tipo de expectativas que teria e que são, claro, legítimas. Mas penso também se essas expectativas não carregam uma boa dose de ingratidão. E ingratidão, antes de mais, em relação a si próprio. Na verdade, é como se A Tese fosse a palavra mágica que resolve todos os problemas, além de ser uma garantia de acesso a uma vida de abundância. Nem sempre acontece e nem sempre a culpa é da tese.  

Escrever uma tese de doutoramento não é uma tarefa leve. Basta olhar para as carinhas olheirentas dos doutorandos para sabermos que são anos a ler, a pensar e a desesperar. Mas apesar de sofrido (em silêncio, sempre) e demorado, pode também ser o melhor momento da vida de uma pessoa. Depende da pessoa, mas é certo que a vida tem destas contradições. Então o que leva alguém que se dedicou a escrever duzentas páginas sobre um tema que supostamente o apaixona a acabar a dizer mal da sua obra, a amaldiçoar o dia em que "se meteu nisso", a sugerir a outros doutorandos que só estão a perder tempo porque o doutoramento não "serve" para nada? Podem ser expectativas irrealistas sobre os efeitos da tese. Ou podem ser saudades.

Ao contrário dos descrentes que concluíram o que ainda não concluí (a tese, digo), tenho uma opinião muitíssimo favorável sobre aquilo que ainda não fiz (e talvez por isso). Penso que a tese é o mais importante do doutoramento, não por ser "útil", nem por ser necessária para obter o grau, mas porque é uma oportunidade de defender argumentos sobre ideias que persistem (mesmo que mudem) ao longo dos anos. A tese não é um meio, mas um fim. E talvez não somente um fim, no sentido de ser uma conclusão, mas um fim em si mesmo. 

Deste modo, é impossível que a vida do doutorado não tenha mudado, porque não teve outro remédio senão mudar. Onde havia ignorância sobre um tema, há hoje, espera-se, conhecimento. Onde havia um vazio, há hoje pelo menos uma tese. Em muitos casos, há teses publicadas. E tudo isso existe graças ao esforço dos seus autores. Agradeça a si próprio e comece a viver.  

Este é o meu último artigo para o i. Agradeço... ( continua em http://www.ionline.pt/490470 )

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Decisão do Yahoo de separar sua área de Internet é o fim de uma era

Da Redação *
10/12/2015 - 09h00

A empresa vai dividir-se em duas unidades - uma com a participação no site de e-commerce Alibaba e a outra com todos os outros negócios de internet

Ao invés de fazer um spin-off da sua participação de US$ 32 bilhões no site chinês de e-commerce Alibaba, como vinha sendo planejado pela CEO, Marissa Mayer, o conselho administrativo do Yahoo decidiu adotar uma manobra inversa. Nesta quarta-feira, 9/12, o Yahoo anunciou que vai manter a fatia no Alibaba dentro da empresa original e transferir tudo o mais para uma nova empresa, adotando o que o mercado chama de spin-off reverso.

A decisão representa o fim de uma era para a companhia que foi uma das pioneiras da Internet. O novo Yahoo será formado por duas empresas: uma que vai deter os 15% de participação no Alibaba, e a outra que vai manter os negócios ligados à internet, incluindo o mecanismo de busca, email, a plataforma de social media Tumblr, os diversos sites da empresa, como o Yahoo Finance, e a participação de US$ 8,7 bilhões no Yahoo Japan. As duas empresas manterão seu capital aberto e os acionistas do Yahoo vão receber ações divididas pro rata.

A separação original da participação do Yahoo no grupo Alibaba vinha sendo planejada por Marissa Mayer desde janeiro deste ano. Um dos problemas que possivelmente azedou o caldo e provocou o spin-off reverso foi o fato de que o IRS (Internal Revenue Service, a Receita Federal norte-americana) não estaria disposto a aceitar a proposta de autorizar a separação do Alibaba sem cobrar impostos. E a perspectiva da conta chegar a US$ 10 bilhões estava deixando Wall Street nervosa e derrubando o valor das ações da companhia.

A mudança significa que a empresa está se movendo para adotar um foco de negócios diferente em meio a uma paisagem da economia online com mudanças rápidas e constantes.   "Como uma indústria, isso significa o fim da web estática. O Yahoo popularizou categorias e diretórios, que foram então substituídos por buscas, que estão substituídas pelo mobile. O Yahoo perdeu completamente as buscas e demorou para entrar muito no mobile. Agora está no fluxo", afirmou o analista da Moor Insights & Strategy, Patrick Moorhead.

O presidente do conselho diretor do Yahoo, Maynard Webb, afirmou que o spin-off reverso não quer dizer que a empresa está ativamente buscando por compradores para o seu negócio de Internet, apesar de estar aberta a ofertas. Mas a declaração de Webb deixa em aberto a possibilidade de que a própria empresa vai se livrar do seu negócio lento de Internet.

"Isso me diz que isso não uma direção estratégica para a empresa. Esse negócio não receberá investimentos e certamente não vai atrair talentos. Nessa indústria, isso é tudo que interessa. Não é um voto de confiança. Não é um voto de dedicação e interesse estratégico", aponta o analista da Current Analysis, Brad Shimmin.

Shimmin também afirma a decisão do Yahoo de manter suas ações do Alibaba pode ajudar a empresa a evitar uma grande dívida com impostos e pode indicar que a companhia tem planos de focar no varejo online, com a força do Alibaba por trás desse esforço.

"O Yahoo vem fazendo alguns barulhos bem estranhos e algumas ações inusitadas – desde falar sobre reestruturação até mudanças de executivos – indicando que tem estado inseguro sobre qual direção tomar", diz Shimmin. "Provavelmente essa nova decisão vai deixar muita gente sem entender nada, mas ao menos coloca um pouco de claridade quanto a quem eles são como uma empresa. Eles não um destino online para verificar seu e-mail e resultados esportivos, mas um destino online para um ecossistema de comerciantes, como a Amazon." 

O Yahoo foi um pioneiro da Internet. Surgindo no fronte da explosão online há 20 anos, o nome Yahoo era então sinônimo do mundo de buscas online, e-mail, navegação na web e o crescimento da presença digital.

Essa era dos primeiros gigantes pode estar chegando ao fim, uma vez que o Yahoo parece seguir os passos de outras líderes do mercado, como Netscape, AOL e Napster.

"Essa decisão do Yahoo pode ser o fim de uma era. A próxima grande pergunta é 'Qual o futuro do Yahoo?' Ainda existem mais perguntas do que respostas, e provavelmente será assim por um bom tempo", afirma o analista independente de mercado, Jeff Kagan.

Uma pergunta que foi respondida nesta quarta-feira, 9/12, é que a CEO do Yahoo, Marissa Mayer, não está saindo da empresa. Em uma entrevista para a CNBC,  Webb disse "Absolutamente" em resposta a uma pergunta direta sobre se Mayer vai continuar na empresa.

Ele também disse: "Nunca conheci ninguém que trabalhe mais, seja mais inteligente e se importe mais. Queremos ajudá-la a levar essa empresa de volta para um lugar icônico aonde pertence."  "O fato de Mayer permanecer diz que eles querem um pouco de consistência. O Yahoo não quer dar aos acionistas a ideia de que está mudando tudo e começando do zero", diz Shimmin.

Mas o que vai surgir desse fim do negócio principal de Internet do Yahoo? Moorhead, pelo menos, não tem grandes... ( continua em http://idgnow.com.br/internet/2015/12/10/decisao-do-yahoo-de-abandonar-negocio-de-internet-e-o-fim-de-uma-era/ )




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  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Audiência discute gestão de escolas por Organizações Sociais

07/12/2015 11h40 
 
Por Marcello Dantas
 
 

Secretária Raquel Teixeira e professores Luiz Carlos de Freitas (Unicamp) e Wanderson Ferreira Alves (USP) devem participar do debate, na Assembleia Legislativa


A transferência da gestão das escolas estaduais para organizações sociais (OSs) será debatida em audiência pública na terça-feira (8), no Auditório Costa Lima, na Assembleia Legislativa de Goiás

"As OSs em Debate" é um encontro promovido pelo Fórum Estadual de Educação, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). O evento busca esclarecimentos sobre o projeto do governo de Goiás, que transfere para a iniciativa privada a gestão das escolas goianas e também as consequências para a Educação pública geradas pelo... ( continua em http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/audiencia-discute-gestao-de-escolas-por-oss-53812/ )

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  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. LARCEN, César Gonçalves. Pedagogias Culturais: dos estudos de mídia tradicionais ao estudo do ciberespaço em investigações no âmbito dos Estudos Culturais e da Educação. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2013. 120 p.
  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

URBANISMO: As medidas do crescimento urbano

Desde 2003 uma equipe liderada pelo físico Geoffrey West, do Instituto Santa Fé, nos Estados Unidos, acumula evidências de que o desenvolvimento das cidades obedece a certas regularidades estatísticas. É uma espécie de física do crescimento urbano, regido por fórmulas matemáticas relativamente simples – as chamadas leis de escala ou potência – que permitem fazer previsões sobre as propriedades de uma cidade. As leis de escala tornam possível estimar com precisão razoável os valores que os indicadores socioeconômicos e de infraestrutura de uma cidade podem assumir, conhecendo-se apenas o seu número de habitantes. De modo geral, funcionam para cidades de diferentes tamanhos, de metrópoles a vilarejos, com as mais variadas histórias e culturas, na Europa, na Ásia e nas Américas.

As cidades brasileiras também obedecem a essas leis de escala, verificaram recentemente os físicos Haroldo Ribeiro, Luiz Alvez, Renio Mendes e Ervin Lenzi, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná. Em um estudo publicado em setembro na revista PLoS One, eles confirmaram que é possível usar essas leis para enxergar tendências no desenvolvimento urbano do Brasil no espaço e no tempo. Com base nessas tendências, a equipe paranaense desenvolveu um modelo matemático simples e simulou a evolução de oito indicadores socioeconômicos – os índices de trabalho infantil,  desemprego, analfabetismo, homicídio, renda familiar, idosos, homens e mulheres – em 1.605 municípios brasileiros. "Ao colocar os resultados dessas previsões em mapas, conseguimos identificar as regiões do Brasil em que esses indicadores devem aumentar e aquelas em que devem diminuir quando forem medidos no censo nacional de 2020", diz Ribeiro (ver mapas).

Ribeiro ressalta que as leis de escala revelam tendências nos indicadores socioeconômicos que podem passar despercebidas ou serem distorcidas pela maneira convencional como especialistas em planejamento urbano avaliam esses indicadores. Relatórios e guias para políticas públicas costumam medir o desempenho de cidades com tamanhos diferentes ou a evolução de uma mesma cidade cuja população cresceu levando em conta os valores médios de indicadores socioeconômicos divididos pelo número de habitantes. Assim, tenta-se averiguar como as taxas de desemprego, analfabetismo ou homicídio evoluem de um lugar ou de um período para outro tomando-se por base os dados per capita. "A análise per capita, em princípio, elimina o efeito do tamanho da população e permite comparar cidades com populações de tamanho diferente", explica Ribeiro. "Quando não consegue eliminar esse efeito, porém, essa análise pode introduzir vieses nos indicadores."

A origem desses vieses é uma suposição que se faz a priori. Ao usar esses indicadores para comparar cidades com populações de tamanhos diferentes, os pesquisadores assumem implicitamente que o crescimento das cidades acontece sempre de maneira linear. Seguindo esse raciocínio, uma cidade de 2 milhões de habitantes seria apenas uma versão duas vezes maior de uma cidade com 1 milhão de habitantes. Assim, seria esperado, por exemplo, que a cidade maior tivesse em média duas vezes mais homicídios do que a menor. Mas essa regra nem sempre funciona.

052-055_Matemática e saúde_237Camundongos e elefantes
Cálculos feitos por Ribeiro e seus colegas indicam que, em 2010, uma cidade brasileira com 2 milhões de habitantes tenderia a apresentar mais de duas vezes mais assassinatos – precisamente, 2,44 vezes mais – do que uma cidade com a metade dessa população. Esse resultado indica que nem sempre os índices per capita eliminam completamente o efeito do tamanho da população e que as cidades grandes não são apenas versões ampliadas de cidades pequenas. Elas são qualitativamente distintas. E a maneira como elas diferem lembra o que ocorre com animais grandes e pequenos, como o elefante e o camundongo.

Nos anos 1930, o biólogo suíço Max Kleiber estudou a influência do tamanho dos mamíferos na fisiologia de seus corpos. Kleiber comparou o número de calorias que animais de diferentes espécies precisam consumir todos os dias para se manterem vivos. E verificou que, independentemente do tamanho, o metabolismo obedecia sempre uma lei matemática de escala. No caso dos mamíferos, a quantidade de energia necessária para viver aumentava seguindo uma lei de potência em que o expoente era o número 0,75. Isso significava que um animal com o dobro da massa de outro precisava consumir só 1,68 vez mais calorias, e não o dobro de energia.

O fato de esse expoente ser menor que 1 significa que um animal maior necessita proporcionalmente de menos energia que um menor. Por essa razão, um elefante precisa de 40 mil quilocalorias por dia para se manter vivo, enquanto um camundongo consome apenas 4 quilocalorias. A quantidade de energia que o elefante ingere é 10 mil vezes maior do que a que o camundongo consome, embora a massa total do primeiro seja 220 mil vezes maior que a do segundo. No final dos anos 1990, Geoffrey West e seu grupo descobriram que essa economia é decorrente da forma como a energia é distribuída pelo corpo: quanto maior o animal, mais eficientemente a energia chega aos diferentes pontos do seu corpo.

Em 2003, West e sua equipe verificaram que uma lei de escala idêntica determina o crescimento das cidades. Dados de cidades dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia mostravam que indicadores de infraestrutura urbana como o número de postos de gasolina, a malha viária e o comprimento total dos cabos da rede elétrica aumentam com o tamanho da população da cidade seguindo a lei de Kleiber. Quando a população de uma cidade dobra, a infraestrutura necessária para atendê-la não precisa ser duas vezes maior, mas apenas 1,68 vez – esse fator varia um pouco de país para país. "É como se a cidade grande otimizasse o uso de seus recursos", explica Ribeiro. Matemáticos e físicos chamam esse padrão de crescimento de sublinear.

Uma lei de escala semelhante regula o crescimento dos indicadores socioeconômicos. Mas o ritmo é diferente. Enquanto os indicadores de infraestrutura tendem a crescer mais lentamente à medida que a população aumenta, os índices socioeconômicos aumentam de maneira acelerada, mais do que dobrando quando a população da cidade dobra. West observou que, nesses casos, indicadores de crescimento econômico como o produto interno bruto e o número de patentes geradas aumentam cerca de 2,22 vezes. Do ponto de vista econômico, portanto, uma cidade de 2 milhões de habitantes é mais eficiente e produtiva do que duas cidades de 1 milhão de habitantes cada uma – padrão de crescimento conhecido como superlinear. Infelizmente, como qualquer habitante de uma metrópole pode adivinhar, indicadores de baixa qualidade de vida, como a taxa de desemprego ou de homicídio, também crescem mais ou menos na mesma proporção.

Mas há exceções. Nem todos os indicadores aumentam de maneira não linear. Alguns deles, tanto de infraestrutura como socioeconômicos, podem crescer na mesma proporção que a população, de modo linear, caso do consumo de eletricidade por domicílio. Também há categorias de indicadores que podem apresentar diferentes ritmos de crescimento. Em um artigo publicado em agosto no Journal of Urban Health, uma equipe liderada pelo físico brasileiro Luis Rocha, do Instituto Karolinska, na Suécia, comparou vários indicadores de saúde pública de cidades no Brasil, nos Estados Unidos e na Suécia. Nos três países, a incidência de doenças infecciosas como a gripe e a Aids aumentou de modo superlinear, talvez porque a aglomeração maior de pessoas nas cidades grandes facilite a transmissão dessas enfermidades. Já as mortes por ataque cardíaco e suicídio cresceram sublinearmente. A explicação para esse resultado ainda é controversa. Os pesquisadores suspeitam que tenha a ver com o fato de as cidades maiores terem rede hospitalar mais bem estruturada e com uma dificuldade maior de se isolar socialmente.

Evolução brasileira
No trabalho da PLoS One, Ribeiro e seus colegas analisaram os dados de 1.605 municípios brasileiros, obtidos nos anos de 1991, 2000 e 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Como esperado, os indicadores socioeconômicos de renda familiar, desemprego e homicídios cresceram com a população da cidade de maneira superlinear. Já os índices de trabalho infantil e analfabetismo fugiram à regra, crescendo de maneira sublinear: cidades maiores parecem erradicar esses problemas mais facilmente.

Os pesquisadores observaram outra tendência clara: ao longo do período estudado, os índices medidos nas cidades brasileiras se aproximaram dos valores projetados pelas leis de escala. Em 1991, por exemplo, a cidade de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, tinha um número de homicídios muito maior do que o esperado para uma cidade de seu tamanho. Ao longo das últimas décadas, porém, o número de homicídios da cidade caiu, se aproximando do esperado pela lei de escala obtida pela equipe de Ribeiro. Já as cidades brasileiras que tinham menos homicídios do que o esperado pela lei de escala sofreram um aumento de casos de homicídio. Ribeiro arrisca uma explicação. "Parece que quando há homicídios em excesso os cidadãos ficam preocupados e cobram políticas para reduzi-los", especula. "Já quando a taxa de homicídios está muito baixa, parece que as pessoas ignoram o problema e esses índices logo voltam a subir." Dos oito indicadores analisados pelo grupo, o único que não segue essa tendência é o analfabetismo, que tende a aumentar nas cidades onde já é alto e diminuir ainda mais onde já é baixo. "Parece um efeito de autoalimentação", Ribeiro sugere. "Quanto mais educadas, mais as pessoas exigem educação."

"Leis de escala permitem realizar previsões, mas esses índices também dependem das políticas adotadas pelos governos, o que não é levado em conta por esse estudo", critica o geógrafo Cosmo Antonio Ignazzi, da Universidade Paris 1, na França, que pesquisa leis de escala nas cidades brasileiras. Ribeiro reconhece o problema e acredita ser muito difícil quantificar o efeito de políticas públicas em um modelo matemático. "Nosso modelo não é determinístico", ressalta Ribeiro. "Entretanto, nosso trabalho e o de outros pesquisadores mostram que o efeito dessas políticas é limitado pelo tamanho da população da cidade."

Ignazzi também questiona a maneira como os físicos definiram as áreas urbanas em sua análise, considerando cada município uma cidade. "A metodologia do estudo é boa, mas eles adotaram a unidade errada. Municípios são unidades político-administrativas. Não é uma boa escolha, pois não leva em conta as grandes conurbações em torno de capitais brasileiras como Manaus, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro."

"Realmente, a escolha da definição de unidade urbana é crucial, mas não há até agora um procedimento à prova de falhas para definir os limites de uma cidade", responde... ( continua em http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/as-medidas-do-crescimento-urbano/ )



Artigos científicos
ALVES, L. G. A. et al. Scale-adjusted metrics for predicting the evolution of urban indicators and quantifying the performance of cities. PLoS One. 10 set. 2015.
ROCHA, L. E. C.; THORSON, A. E; LAMBIOTTE, R. The non-linear health consequences of living in larger cities. Journal of Urban Health. v. 92 (5), p. 785-99. out. 2015.


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  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
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Doação de órgãos: A arte de dar más notícias

   Segundo estudo, treinamento deficiente de profissionais da saúde ajuda a explicar aumento na recusa das famílias brasileiras

BRUNO DE PIERRO | ED. 237 | NOVEMBRO 2015

NOVO 034-037_Doação de órgãos_237-01

O número de famílias que não autorizam a doação de órgãos e tecidos de parentes com diagnóstico de morte encefálica aumentou significativamente no Brasil. Em sete anos, a taxa de recusa familiar dobrou, saltando de 22% em 2008 para 44% em 2015, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Países como Austrália e Reino Unido enfrentam situação semelhante que, aliada a falhas na identificação e notificação de potenciais doadores, dificulta a realização de transplantes. Um estudo conduzido por pesquisadores da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) buscou mapear as razões da recusa familiar. O principal motivo identificado pela pesquisa é que boa parte das famílias (21%) não compreendeu o conceito de morte encefálica. Já 19% atribuíram a decisão a crenças religiosas e outros 19% responsabilizaram a falta de competência técnica da equipe hospitalar.

No total, foram ouvidas 42 famílias que haviam sido consultadas pelo Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, ligado ao Hospital São Paulo, em 2010. A conclusão mais importante foi a de que, apesar da falta de conhecimento técnico sobre a morte encefálica, as chances de a família aderir à possibilidade de doação são diretamente proporcionais à capacidade de os profissionais da saúde criarem empatia durante a entrevista na qual a doação é solicitada aos familiares.

Um dado que surpreendeu os pesquisadores é que aproximadamente 43% das famílias consideraram insuficiente o tempo dado a elas para a tomada de decisão. É certo que há pressa em conseguir a autorização, pois órgãos como coração e fígado não podem mais ser aproveitados quando o coração para de bater. A queixa das famílias é que a abordagem foi feita de forma mecânica, até mesmo truculenta, sem respeitar o atordoamento de quem acabou de receber uma notícia trágica. "As pessoas precisam de tempo para assimilar a perda do familiar", diz Bartira De Aguiar Roza, professora da Unifesp e coordenadora do estudo. Segundo ela, a dificuldade reside no fato de muitos médicos e enfermeiros não estarem preparados para comunicar más notícias de maneira respeitosa e esclarecedora. O estudo também indicou que, entre 1998 e 2012, cerca de 21 mil famílias se recusaram a doar órgãos. Se 80% delas tivessem aceitado a doação, supondo a possibilidade de extrair pelo menos quatro órgãos de cada doador, mais de 67 mil pacientes teriam sido transplantados nesse período.

Bartira reconhece que a crença religiosa interfere. Em um dos casos de recusa, uma mulher contou que não doaria os órgãos da mãe porque acreditava na ressurreição. "A interpretação pessoal de textos religiosos pode levar a uma postura desfavorável à doação, ainda que nenhuma religião se oponha a ela", afirma Bartira. Mesmo nesses casos, a pesquisadora acredita que a culpa não deve ser totalmente atribuída à família, pois o desempenho do profissional da saúde que propõe a doação também pode ser decisivo. Tanto isso é verdade que, quando questionado se mudaria de opinião, 70% do total de famílias respondeu que hoje optaria pela doação.

Para outro autor do estudo, João Luis Erbs Pessoa, diretor técnico da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, uma das principais funções do profissional que lida com doações de órgãos deve ser esclarecer todas as dúvidas dos familiares. "Quem tem a obrigação de entender de morte encefálica são os médicos e enfermeiros, não a família", diz Pessoa.

NOVO 034-037_Doação de órgãos_237-02O grau de instrução escolar dos familiares que participaram da pesquisa foi diversificado: 29% deles concluíram o ensino fundamental, 33% o ensino médio, 36% se graduaram e 2% tinham doutorado. A maior parte das famílias (48%) tinha renda de um a três salários mínimos e 64% declararam-se católicos. "A pesquisa indica que o que está em jogo não é saber se a população conhece o conceito de morte encefálica, mas sim se é bem tratada pelos profissionais da saúde. Muitas vezes subestimamos os familiares, mas eles sabem quando os procedimentos da entrevista são equivocados", explica Pessoa.

O estudo sugere investir mais no treinamento das pessoas que trabalham na captação de órgãos. Em Santa Catarina, estado com uma das menores taxas de recusa familiar (ver gráfico), os coordenadores de transplantes que atuam em hospitais da rede pública de saúde passam por curso de comunicação em situações críticas, oferecido pela Secretaria Estadual de Saúde. "Os profissionais aprendem a dialogar com sensibilidade com os familiares e a se colocarem à disposição para esclarecer dúvidas", diz Joel de Andrade, coordenador estadual de transplantes de Santa Catarina.

Experiências desse tipo também têm sido colocadas em prática na Unifesp, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP) e no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. "O diagnóstico de morte encefálica é angustiante e desperta muitas dúvidas. É uma morte que não parece morte, pois o coração continua batendo. Isso faz com que a família ainda tenha esperanças de recuperação", explica Juliana Gibello, professora do curso de Comunicação de Más Notícias do Albert Einstein, criado no início do ano. Com carga horária de 30 horas e on-line, o curso é direcionado a médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros profissionais. Os módulos abrangem desde conceitos fundamentais da comunicação interpessoal até os processos que envolvem morte e luto. Ao longo de todo o curso, os alunos discutem casos clínicos. "Esse tipo de treinamento e discussão deveria ser feito desde a graduação nos diversos cursos da área da saúde", sugere Juliana.

As iniciativas brasileiras buscam inspiração no modelo espanhol de doação de órgãos, que se tornou referência internacional. A taxa de recusa familiar na Espanha é hoje uma das menores do mundo, de 17%. Parte desse sucesso se deve à forma como profissionais da saúde lidam com as famílias. "Respeito e empatia são o cerne da questão", disse à Pesquisa FAPESP Carmen Segovia Gomez, uma das fundadoras da Organização Nacional de Transplantes (ONT), criada em 1989, vinculada ao governo espanhol. Além da coordenação nacional de captação de órgãos para transplantes, outra tarefa da ONT é organizar cursos de comunicação de más notícias. A entidade foi a primeira no mundo a criar esse tipo de treinamento para profissionais da saúde.

"Essa formação específica permite que o profissional desenvolva habilidades de comunicação para fazer com que um familiar em crise de luto sinta-se livre e confiante para tomar sua decisão", conta Carmen, que atualmente dirige o curso da ONT. Em uma das etapas do curso, os alunos interagem com atores, que fazem o papel de familiares recebendo a notícia da morte encefálica. Na simulação, os alunos são instruídos a fazer uma abordagem sensível, perguntando primeiro como era a vida do familiar, do que ele gostava, para só então abrir a possibilidade de autorizar a doação. Na província espanhola de Alicante, esse tipo de abordagem chegou a zerar a recusa nos anos 1990. Nos últimos anos, Carmen também colaborou como consultora em alguns filmes do cineasta Pedro Almodóvar, como Tudo sobre minha mãe (1998), no qual a personagem de uma enfermeira que atua na coordenação de transplantes em um hospital foi inspirada no trabalho da fundadora da ONT.

© VENILTON KULCHER

Chegada de órgãos para realização de transplante em hospital no Paraná

Chegada de órgãos para realização de transplante em hospital no Paraná

Embora a prioridade na Espanha seja promover boas práticas de comunicação entre profissionais da saúde, o país também investe em campanhas de esclarecimento. Marcelo José dos Santos, pesquisador da Escola de Enfermagem da USP, participou como aluno do curso oferecido pela ONT, durante uma viagem à Espanha em 2001. Segundo ele, lá a doação de órgãos é um tema apresentado a crianças e adolescentes desde o ensino básico, por meio de programas educativos. "No Brasil, ainda temos muito trabalho a fazer nesse sentido. Não basta investir só em treinamento dos profissionais da saúde", adverte. "Aqui, a população ainda confunde muito morte encefálica com coma, por exemplo", diz Santos, que atualmente realiza um estágio de pós-doutorado sobre o assunto, cujos resultados parciais mostram que a recusa familiar é maior ainda em relação à autorização de doação de tecidos ósseos, pele e córnea. Uma das pistas para explicar a rejeição seria o fato de as famílias desconhecerem a possibilidade desse tipo de doação ou terem aversão à ideia de que o corpo seja mutilado.

Também os Estados Unidos e o Reino Unido passaram a investir em campanhas. No primeiro caso, os esforços têm contribuído para aumentar o número de doadores. Atualmente, mais de 100 milhões de norte-americanos, pouco mais de um terço da população, declaram-se doadores de órgãos. Apesar disso, o governo segue preocupado com a recusa familiar, que no momento está em torno de 22% no país.

Uma pesquisa feita pela Rede de Transplantes e Procura de Órgãos norte-americana (OPTN) mostrou que os motivos que levam famílias a não doar órgãos de parentes são os mesmos encontrados em outros países. Uma das estratégias adotadas pelo governo foi esclarecer a população por meio do site Organ Donor, pelas redes sociais e campanhas em rádio e TV. Pesquisadores também são convidados a participar para divulgar informações sobre procedimentos relacionados à doação.

O Reino Unido apresenta atualmente uma taxa de recusa familiar de 42%, uma das mais altas do continente europeu. No ano passado, o número de doações caiu pela primeira vez em 11 anos. Segundo um levantamento do National Health Service (NHS), o sistema público de saúde inglês, 16,9 milhões de pessoas – cerca de um terço dos adultos no Reino Unido – admitem que nunca consideraram a possibilidade de se tornarem doadoras de órgãos. Outros 4 milhões declararam ser doadores, mas nunca avisaram um familiar. Para tentar reverter isso, o governo britânico criou um site com esclarecimentos sobre o processo de doação de órgãos.

Segundo Bartira Roza, uma das hipóteses que explicam o aumento da recusa familiar em alguns países da Europa é a repercussão negativa de um episódio ocorrido na Alemanha em 2013. Na ocasião, descobriu-se que o responsável pelo setor de transplantes do Hospital Universitário de Göttingen, manipulou a fila de transplantes, alterando dados médicos de pacientes que esperavam por um órgão. Após o escândalo ser revelado, o número de órgãos doados caiu 20% no país.

Bartira lembra que o Brasil já passou por situação parecida, quando uma mudança na legislação resultou na queda drástica do número de doações. Em 1997, foi instituída a doação presumida, pela qual todo cidadão passou a ser considerado doador de órgãos, a menos que optasse por registrar o desejo contrário no documento de identidade. O efeito foi o oposto do desejado. No Nordeste, a maioria dos indivíduos declarou-se não doadora na hora de tirar ou renovar a identidade. "As pessoas tinham medo de entrar nos hospitais e morrerem por conta do descaso", conta Bartira. Em 1998, uma medida provisória instituiu a autorização familiar nos casos de ausência de manifestação nas carteiras nacionais de habilitação ou nos registros de identidade. Somente em 2001 a doação consentida pela família foi incorporada na legislação. Para a pesquisadora, qualquer mudança na lei pode determinar o sucesso ou o fracasso das... ( continua em http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/doacao-de-orgaos-a-arte-de-dar-mas-noticias/ )

Projeto:

Avaliação das causas de recusa familiar para a doação de órgãos e tecidos (nº 2012/05348-2); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisadora responsável Bartira De Aguiar Roza (Unifesp); Investimento R$ 10.382,80.


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